Um brinde, meus amigos, à cretinice enrustida!
Um ode à vontade sacana de levar adiante toda semana,
Toda manhã, sorridente, com aquele ar de vitória,
Dizendo para si mesmo:
Hoje eu mato aquele leão!
Custe o que custar, eu mato o leão!
Um salve a nosso leão morto de cada dia!
Um minuto de vaidade em memória às nossas mentiras
À nossa indiferença e desgosto por se relacionar
Por ver que somos parte, somos o todo,
A despeito da má vontade, da má fé
Viva a má vontade das almas desamadas!
Delas está cada vez mais sendo o nosso destino
Nelas se encontram cada vez mais os nossos dessabores
Baixemos a cabeça
Pois é hora da passagem do cortejo
De canalhas na tevê
Aumentem o som, vai falar o seu ministro...
Vamos prestar bastante atenção na sua empáfia
Vamos decorar as entonações do seu roteiro
Vamos lembrar das suas promessas
Sempre e todas muito bem cumpridas, as sua promessas!
Cumpridas, longas, estensas...
Olhem para cima, meus cidadãos!
Olhem para cima!
Lá está ele, no alto do palanque,
Cá estamos nós.
Milhões de beijos e carinhos ao nosso prefeito
Sempre tão atencioso
Muitos vivas ao nosso prefeito.
Quem sabe nesse barulho todo podemos suspirar um pouco
Um suspiro
Um inocente suspiro
De ingenua admiração e medo
Um suspiro de morte.
sábado, 28 de junho de 2008
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