Eis-me aqui
Olhando para esse céu
Debaixo das cores e das aves
Mirando a luz que rebate
Reflete, interage ao léu
Nada de definitivo
E eu ainda pensativo
Nada consumado
E eu aqui, ao lado
Sentindo o gosto de mel
Rasgar papel é pecado?
Ficar riscando atoa
A vida no precipício
Da negação, do desperdício
Nisso me recolhe o Sol
Com o vento que vem e deixa
Fecunda sensação de calma
Com todos os problemas ao lado
Nenhum resolvido, decidido
Nada além dos recados
Experiência da vida na palma
Toque de terra, solstício
sábado, 28 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Agora
De pressa, muito de pressa!
Olha o céu em nuvens roxas
Pintando o novo, repentino
Dessa manhã que se abre, menino
Nunca antes vista nem vivida
Corre logo antes que se invalida
Antes que a janela feche
Antes que o sol se ponha
Que o véu da noite pese
Sobre a luz e lentamente se esconda
Corre antes que termine a ronda
Antes que tudo suma
Que nada continue, nada ruma
Nada quede onde ficado estava
Nada esteja ao alcance da escada
Tudo nada, de uma vez.
Assinar:
Postagens (Atom)