Olhar para o passado nem sempre é complicado
Mais complicado que isso é olhar pro futuro
O futuro, com suas surpresas,
Suas perdas, posses...
Deve haver um jeito para fechar isso,
O futuro.
Deve ter uma maneira de passar para ele nossas ambições
Nossos pecados mais estúpidos
Deve ser possível uma reconciliação com o futuro
Deve dar trégua em algum momento, não é possível!
Dizem, ou ao menos já me disseram,
Que só vivendo mesmo
Mas, por outro lado, quantas previsões, não é?
Será que todas elas inúteis e inféteis?
Acho que não
Por isso eu torno a perguntar como pegar esse moleque
Pegar no flagrante
Com todos os seus planos ainda no forno
E ele ainda absorto de projeções que nós depois saberíamos
Daí ele via o que é bom!
Mas acho que não vai dar, viu?
Acho que não.
O futuro é tinhoso demais para um bando de esperançosos
Aliás, fazendo isso, nós jogaríamos no lixo todas as esperanças, né?
Penso que somos crédulos demais para tanta ciência
Tanta metafísica especulativa
Tanto banco e bolsa de valores.
Só queria uma coisa disso tudo, esse dito e chamado futuro:
Queria um tempinho para decidir meus sonhos
Meus amores e minhas plantas
Minha terra
Minhas estrelas
Queria um segundo antes de depositar meu brilho
Minha fé.
Um suspiro em contra a toda esta festa de pacotes e sacolas de mundo.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
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