domingo, 2 de setembro de 2012
Alerta Geral
Somos um todo
A solução para nossos problemas começa quando nos orientamos para solucioná-los. Então, independente do que de fora está para ser mudado, é de dentro que começa a mudança. É na atitude e na decisão que achamos os pontos de mudança. Neles podemos agir, e agindo atingimos toda uma nova dimensão. Os problemas já não são os mesmos. Aquilo que antes incomodava, já não incomoda mais, ou ao menos não incomoda tanto. O processo é gradual. Somos fonte de nossas dores e do nosso prazer. Então, vamos começar por onde aparece o que não gostamos. Onde está a nossa dor. Lá está também a cura. Mas é preciso deixar de fugir da situação de desconforto para dar novo sentido àquilo que tentamos evitar. Nada que se encontra conosco é indiferente ao nosso ser, pois somos tudo o que em nós se manifesta. Assim, não há o que temer. Entrando em contato com nossos dilemas é que tomamos posse de nossas decisões.
Um grande abraço amigo
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
O Dia Seguinte
A tudo que hoje me aporrinha
Olfato...
Nada nunca me encontrava
Que pensar? Que, afinal, me vinha?
Repetidas palavras não lavam a alma
Café velho é como água morna
Ninguém toma
É fugaz e arredio
Como os dias que fogem do tempo
Cujas linhas não podemos abotoar
O som das belezas é que deve ficar
Com sua calma e gostosa melodia
Em noite fria, sem camisa
Só de brisa se viveria
Não fossem os calos, não fossem as foices
Baladas se reproduziriam ao chão
Destrezas do corpo e da mente
Descrentes os dogmas sucumbiriam
Dançando nus no porão
Hoje sorrio, pois a hora é finita
Amanhã ou depois ainda é feito
E eu não sei o que será ou o que se pretende
Com isso, eu fico sem jeito, talvez
Mas alcanço uma alegria ou três
Porque quem vive morto está, sem dúvida, parado
O mover leva o dom para outra direção
Fazendo e fazendo mais com as asas
O sopro é quente no pescoço do trabalho
A vida é alho na sopa de quem bebe
Atrevido a ter para si um mundo maior
Lembrando Belchior, com sua vadiagem
Que ensino poetas o beabá
Amor e doçura, com uma pitada de sal, fervem!
Tolo quem não experimentar
Pois tudo isso é só começo
Nunca se conhece o fim
Porque se conheceria? O que será que temos em comum?
A fantasia de viver eternamente
Não é nada sem o gosto do "para sempre"
Ninguém suportaria a eterna indecisão do mundo
Ter o acaso como amigo é ruim, então como companheiro...
Mas há que se reconhecer sua valia
Poucos são capaz de roubar com tanta elegância
A vida que segue é a que se apresenta
Como um ator desconhecido, ela causa estranheza
Seus passos são desengonçados
Seus pernas magras, seu jeito é torto
E não gostamos
Mas ela encanta
Com a mão, ela traz
Com a voz, ela pede
Com o olhar, ela manda
sábado, 28 de abril de 2012
In Natura
Olhando para esse céu
Debaixo das cores e das aves
Mirando a luz que rebate
Reflete, interage ao léu
Nada de definitivo
E eu ainda pensativo
Nada consumado
E eu aqui, ao lado
Sentindo o gosto de mel
Rasgar papel é pecado?
Ficar riscando atoa
A vida no precipício
Da negação, do desperdício
Nisso me recolhe o Sol
Com o vento que vem e deixa
Fecunda sensação de calma
Com todos os problemas ao lado
Nenhum resolvido, decidido
Nada além dos recados
Experiência da vida na palma
Toque de terra, solstício
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Agora
quinta-feira, 29 de março de 2012
Sabatinas de um Burguês
Sinto-me empapuçado de quinquilharias
Fornecido com dezenas de notas frias
E sem ter onde as depositar
Vestido de homem dócil
Com terno e gravata, faceiro
Levo minha pasta no bagageiro
Das intenções de onde lavar
Porque fui ter com aquele forasteiro?
Aonde isso pode me levar?
A dúvida arrasa qualquer tentativa de golpe ligeiro
Uma vez que dá margem para se pensar
Pensando eu não me entrego por inteiro
Não ao menos para o que preveria demonstrar
Mesmo assim, dou conta da próxima conta
Arrumo um jeito de desfarçar
As pequenices de uma travessura rebende
A perversão que melhor seria aniquilar
A rude sensação de um dia inóquo
O mal-estar
Tudo o que me cincunda não é concurda como eu
Nada paga o que esse gosto me deu
Sério, douto, Couto da Silva
Dona Dailva bem me conhecia
Será que ela colocaria no nome da tia?
Preciso arranjar uma desculpa
Para perpetuar desapercebidamente minha culpa
Deixando de lado a sobriedade do julgamento
Como quem dispença no whisky o gelo
Melhor tê-lo quem se dispõe a rodopiar
Eu preferia ir direto ao ponto
Porém não ao meu; isso me deixa meio tonto
No meu caso preferiria descançar
Essa ideia de caça às bruxas
Estrúchula visão de justiceiro
Porque eu quis tomar o país inteiro?
Eu nem conheço meu quarteirão!
Quanto vale hoje em dia o pão?
Onde tem um cinzeiro?
Preciso de ar nefasto
As rosas me deixam sem cheiro
Depois eu vejo o que faço
Compro latão e vendo por aço
Algum estilhaço de alto valor
No mercado de quem tem amor
Ao outro e não a si próprio
Pois é um tanto impróprio
Importar-se com si mesmo
Ou com quem não tem importância
Que trantand0-se do povo
Em toda sua insignificância
E como voltar para o primeiro
Chame o porteiro!
Eu quero sair
Não vou mais ficar
Para me sujar?
Tô fora!
Tô Dora, tô Alice, tô Janice e todas elas
As belas que um dia deixei
As mulheres que enganei
Tudo o que cuspi de lado
Fecho esse recado
Olhando a rua pelo fim
Vê se esquece de mim mundo
Eu tô demais arruinado!
Mensagem para a Semana Santa
terça-feira, 27 de março de 2012
Água e letra na feitura do dia
Sombra e água diluem lentamente
O minguada ideia de isenta autenticidade
Cada raio da cidade
Atravessa pressentimentos
Arranca das espectativas
Um sorriso de acaso
Ou desconhecimento da causa
E prévio jogo do perigo
As quadras encaixam-se perfeitamente
Naquilo que seu projetor desejou
As pessoas, mais redondas por natureza
Não ficam quietas com essa geometria
Seus traçados tem mais ângulos
Suas curvas mais vontade
Seus beijos menos pudor
O semblante torridamente sério
É demais ridículo para ser válido
Se valor é o que trazemos conosco
E esse azedume, o que nos acompanhou
O preto no branco dá nova cor
Não adianta enbraquecer ou escurecer tudo
Pois preto é o tom da conversa
Quanto, mais sábia, a festa vem nos dispor
Vem contar suas saudades
De um tempo que não foi de verdade
Mas de faz de conta ele nos guardou
Na luz das emanações mais finas e claras
Ofusca-se o leitor
O mestre perde a fala
O aluno, o sabor
Diagramando seus enunciados
Esconde os pecados e quem os gerou
Gloficando o passado
Deixa vazio o futuro e quem o encontrou
Belas são as pessoas que silenciosamente ou autivamente formam um coro híbrido e livre de amor, de dor e dispor
--- Que as manhãs sintam nosso calor...
sábado, 17 de março de 2012
Como é isso: gente?
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Pernambuco
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
OPEN EYES
(to Javad Khakbaz)
In all existence
The eminence of breathed run
Despite apparent distance
Your soul tributes all the fun
Of life itself, yourself awake
Such infinite price
Shall never take or have forsaken
If life’s comprise
Must not deny
And tremble not
You live with open eyes
Beneath the skies
Above the plot
These many years
Of implacable growth
Along the tears
And laugh of joy
Solemn oath
A happy boy
We came to meet
Nice and neat
Forgetting almost
And for the most
The age such men employ
Giving grace and thanks
To those who dance
The free and merry few
I know you knew
That in all times
The best of rhymes
Was simply to keep your spot
For you are one who lives with open eyes
Beneath the skies
Above the plot
To submit and recall
Must you not have it all
Not at once, not in one day
For life has much to play
In its vivid yet occult sense
Your smile, a glance
May be our pay
While we pray
For renewed essence
Let it be said
Every token and bread
That you have gain on though
Are fund of you
As one may see
For what honey produces a bee
If not in sweet and sour shed
The ears you fed
The gentle words
May them be heard
When wished and wanted
Thus fear to all has haunted
Infortune those that recognize it not
But with all that
You stared the bat
And live with open eyes
Beneath the skies
Above the plot