segunda-feira, 23 de junho de 2008
Sonambulismo em meio à Cidade Vívida
São duas horas da matina
Já riscaram o fósforo?
É pouco tempo, muito pouco
Vai rápido! Espere, espera...
Já é hora de acabar com isso
Não deixe que te vejam, ouviu bem?
Não deixe que te encontrem!
Agora vá que já é tempo
Esses segundos passaram rápido demais...
Será que eles voltam?
Está tão frio! Tenho sono! Tenho fome!
Esta nossa era é de matar a todos...
Seguiu resposta? Ah, eu sabia!
Não se pode contar com o tempo, meus amigos!
Não se pode esperar algo dele
Olha só no que deu a sua espera!
Espera.. será que é isso mesmo?
Talvez ocorreu algum engano, nunca se sabe
Você sabe como são as coisas hoje em dia, uma demora..!
Olha, acho melhor você aguardar
Ora, que vão todos à merda!
Já é muito noite!
Hora de cama, de descanso!
Fiquem vocês aqui, pousando com esta arruaça!
Mas veja, não quero ser intrometido,
É que tem hora de escuridão mesmo
Sem muita escapada, meu caro
E então, já decidiu seu rumo?
Pior que já
Esse é o problema.
Continuar aqui, neste breu
Só pra loucos mesmo!
Mas daí a mudar, olha, eu não sei...
Muitos riscos, depois sempre se perde alguma coisa
Se arrepende, tem muito arrependimento
Depois não dá certo, dá errado, veja lá heim!
Por que você não faz assim: fique quieto!
Daí o tempo passa, como tem de ser
E tu permanece, não muda
Nem pára, segue junto invés...
Daí tu fica, entende?
E ascende o fósforo
Tem luz, tem brilho
Tem visão, ô se tem!
Daí tu agrada, sacou meu velho?!
E depois disso, meu caro amigo do peito,
Vê se dorme logo este sono de mil anos!
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