Guarde os maiores mistérios das suas expectativas
Deles tu não precisas muito aqui, agora
Fique com o medo e a culpa nos bolsos
Do agasalho antigo e enxovalhado
Encobre suas frustações
Jogue ela de volta no baú de infâncias plenas
Raspe o fundo do tacho
Cole clips nas cartas de amor
Anexe suas palmas na lomba do castigo
Uive mais alto do que os gatos miam
Animais, somos todos, de alguma ordem
Somos gente, pessoas, seres de destacada natureza?
Somos bichos, de uma bicheza muito própria, particular...
Somos grilos em meio às folhas, orvalho, pedrinhas e terra suja
Lama, barro, poeirão de gado que passa ao largo sempre
E dentro disso somos nós, nós somos
Firmes e guardados seres de guarda
Fogo, madeira, força, nova pedra
Somos seres de brilho forte
Somos novos animais nesta selva de luzes
Somos novas vontades e mais criatividade em nós mesmos
Mais que isso, somos capazes, somos realização
Somos o pleno
Mas não o somos só...
Só o somos junto...
Pois como diz Riobaldo:
"Quem não quer saber de encosto,
Trate de não se encostar!"
E nisso está toda a grande receita
O mingau das vidas em luta e fogo
Batalha de aparições reveladas
Estalo dos seres de aurora e pôr-do-sol
Este é o legado dos sempre vivos, sempre vivos...
Esta é a guarda das emoções fortes
Esta é, meus caros, a nítida verdade do ser mais algo
Ser-mais, mais com os seres de leve e grande toque
É ser mais vivo que a morte!
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário