sexta-feira, 11 de julho de 2008

Desconhecido é para quem Teme

Guarde os maiores mistérios das suas expectativas
Deles tu não precisas muito aqui, agora
Fique com o medo e a culpa nos bolsos
Do agasalho antigo e enxovalhado

Encobre suas frustações
Jogue ela de volta no baú de infâncias plenas
Raspe o fundo do tacho
Cole clips nas cartas de amor

Anexe suas palmas na lomba do castigo

Uive mais alto do que os gatos miam

Animais, somos todos, de alguma ordem

Somos gente, pessoas, seres de destacada natureza?

Somos bichos, de uma bicheza muito própria, particular...
Somos grilos em meio às folhas, orvalho, pedrinhas e terra suja
Lama, barro, poeirão de gado que passa ao largo sempre

E dentro disso somos nós, nós somos
Firmes e guardados seres de guarda
Fogo, madeira, força, nova pedra

Somos seres de brilho forte

Somos novos animais nesta selva de luzes

Somos novas vontades e mais criatividade em nós mesmos
Mais que isso, somos capazes, somos realização
Somos o pleno

Mas não o somos só...

Só o somos junto...

Pois como diz Riobaldo:
"Quem não quer saber de encosto,
Trate de não se encostar!"

E nisso está toda a grande receita

O mingau das vidas em luta e fogo

Batalha de aparições reveladas

Estalo dos seres de aurora e pôr-do-sol

Este é o legado dos sempre vivos, sempre vivos...

Esta é a guarda das emoções fortes
Esta é, meus caros, a nítida verdade do ser mais algo
Ser-mais, mais com os seres de leve e grande toque

É ser mais vivo que a morte!

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