Águas de julho e o vento que ela convidam
Uma prosa de dedos pois é muito frio este calor
E o chá fica gelado após cobri-lo com tanto ferro
O aguado do mês do meio que depois de sete primaveras dá inverno.
As fontes dessa natureza de paus e pedras, troncos e outras bugigangas
São ou parecem ser, mais velhas, mais novas, que muitos sonhos
Muitos cobertores
Parece que as águas do lado de fora são mais quentes
Parece escuro, ou claro sem luzes...
É danado de bão ver tanta cor com tanta falta
Que disso vem muita coisa bonita de se cheirar
E pegar com gosto e jeito que até surpreende
Surpresa!
Com um pouco de semelhança faz-se muitas coisas diferentes
Cortes que abrem mundos e mudanças no íntimo sujeito
E depois volta tudo como se tudo fosse mudado
E é mesmo, tal conforme
E os cortes sem pulso
"Pulsar! É isso!"
E só podia, hão de concordar...
Que pelas águas tal conforme
É muito jeito e muita pausa
E rinocerontes mostrando velhice
E sapiência de tão parados
As águas em julho ficam tão passadissas
Que verdejam de modo estranho
E dizem que são do meio, que tão no topo
Mas choram feito criança sem dente
Com dores e febres por canto
Sem falar, esbravejam
E disso são feito as metades
terça-feira, 28 de outubro de 2008
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